Governador defendeu a sequência das investigações que apuram esquema de corrupção bilionário no setor
Zema defendeu a sequência das investigações e cobrou punição aos envolvidos (Gil Leonard/Imprensa MG)
Romeu Zema (Novo) descartou, nesta sexta-feira (19), novas exonerações no alto escalão do Governo de Minas após a Operação Rejeito, deflagrada pela Polícia Federal na última quarta (17), revelar esquema bilionário de corrupção no setor da mineração. Quatro servidores estaduais ligados a órgãos do meio ambiente e de patrimônio foram exonerados dos cargos após serem citados nas investigações.
O chefe do executivo estadual defendeu a sequência das investigações e cobrou punição aos envolvidos. “Espero que a investigação siga, prospere, aqueles que realmente fizeram algo de errado sejam responsabilizados. Isso só traz ganhos e mais transparências para o governo", disse Zema, que ainda acrescentou: "não há nenhuma previsão de substituição de secretários"
O governador participou do fórum “Perspectivas Políticas, Estabilidade Democrática e Seus Reflexos para o Empresariado”, organizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), em Belo Horizonte, ao lado do ex-presidente Michel Temer (MDB), do presidente da federação, Nadim Donato, e do presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), José Roberto Tadros.
O presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha), João Paulo Martins, foi exonerado do cargo após ter o nome citado na Operação Rejeito.
A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) nesta quinta-feira (18). Edwilson Martins foi designado para responder interinamente pela presidência do Iepha.
O ex-presidente do Iepha afirmou que todas as ações seguiram o "estrito rigor ético e técnico de análise e serão esclarecidas no âmbito da investigação".
"Eu, João Paulo Martins, informo que, a partir do momento em que tomei ciência da investigação mencionada, busquei orientação jurídica para acompanhar e analisar os autos do processo. Reitero que todas as minhas ações seguiram o estrito rigor ético e técnico de análise e serão esclarecidas no âmbito da investigação. Estou confiante de que os fatos serão devidamente apurados pelas instâncias competentes", disse João Paulo.
A Polícia Federal prendeu, preventivamente, na quarta, o diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), Caio Mário Trivellato Seabra Filho, e o ex-diretor da PF e atual diretor de Administração e Finanças do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Rodrigo de Melo Teixeira.
De acordo com a PF, a ação visa desmantelar uma organização que, segundo as investigações, teria lucrado pelo menos R$ 1,5 bilhão com atividades ilegais.
Leia mais: