O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta segunda-feira (21) que a discussão dos ajustes propostos pelo governo para reduzir o deficit de R$ 30,5 bilhões do Orçamento deste ano será difícil de se realizar junto ao Congresso. O ministro esteve no Senado, onde se reuniu com o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), o líder do PMDB, Eunício de Oliveira (CE), e o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Após o encontro, que durou cerca de uma hora e meia, Levy afirmou que a discussão se deu em torno das propostas da chamada "Agenda Brasil", um pacote levado pelo PMDB ao governo para auxiliar na recuperação da economia, e do projeto de reforma do PIS/Cofins, que deverá ser enviado pelo governo à Câmara ainda nesta semana. "Essa reforma no PIS/Cofins tem uma capacidade de ajudar no crescimento e, particularmente, é importante para criar um ambiente positivo assim que a gente superar aqui a discussão do Orçamento, que também é uma discussão importante, uma discussão que a gente sabe que é difícil. Porque é lógico que, toda vez que você tem uma desaceleração econômica, há um sacrifício de todo mundo, um esforço de todo mundo, e o esforço nunca é pequeno, mas, enfim, é uma discussão muito importante para a gente dar rumo", disse Levy. Segundo o ministro, os projetos que integram o pacote econômico anunciado pelo governo na semana passada, dentre eles a proposta de criação de um novo imposto nos moldes da CPMF, deverão ser encaminhados pelo governo, possivelmente ainda nesta segunda. "Os projetos serão enviados, evidentemente, pelo governo, pelo Palácio [do Planalto], devidamente para a Câmara. Mas isso deve ser efeito oportunamente, acho que ainda hoje. Os projetos já estão prontos", disse. "O que a gente tem que ter o entendimento é que o esforço que todas as medidas de ajuste significam, mas por uma causa importante: a gente tem que equilibrar nossa economia, botá-la em condições de voltar a crescer", completou.