Asilos agonizam há dois meses sem verbas da Prefeitura de Belo Horizonte

Ana Flávia Gussen - Hoje em Dia
10/08/2013 às 08:39.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:51

Asilos da capital estão há dois meses sem receber repasses da Prefeitura de Belo Horizonte. Os lares que prestam serviço integral a quase 800 idosos estão passando por dificuldades, sem verba para pagar os funcionários e comprar medicamentos. O motivo, segundo a PBH, seriam as pendências na prestação de contas. Para conseguir manter os serviços, alguns administradores estão fazendo dívidas ou contraindo empréstimos. Enquanto as contas se acumulam, alguns procuram a prefeitura, sem conseguir qualquer resposta efetiva. São 22 lares dependentes desses repasses.   Há 40 dias sem receber qualquer verba da PBH, o Lar de Idosos Nossa Senhora da Saúde, localizado no bairro São Geraldo, está conseguindo comprar medicamentos porque eles possuem uma caderneta na farmácia ao lado.    “O salário dos funcionários a gente paga porque junta com a contribuição dos idosos, que pedimos para adiantar. Graças a Deus, esse mês ainda não precisei fazer empréstimo”, declarou a diretora do espaço, Rosângela Araújo.   Com contas atrasadas, o assessor do Lar de Idosas Padre Leopoldo Mertens, Vinícius Mariano, disse que várias contas, incluindo de instrumentos de enfermagem, folha de pagamento, gasolina e outras, já estão atrasadas.   Ele disse que procurou a prefeitura por diversas vezes, sem qualquer informação concreta sobre a transferência da verba. “Eles só dizem que estão sem recursos”, afirma.   Só para esse asilo são R$ 43 mil da prefeitura, dinheiro que não chegou neste mês. Lá eles atendem a 49 idosas, com um gasto total mensal de R$ 48 mil.   “Só conseguimos manter por causa das doações. De abril até hoje só recebemos duas vezes. Estou com as contas atrasadas. Só da farmácia são quase R$1 mil”, declarou.   Mariano considera a situação muito complicada e não vê apoio do município. “Queria ver se os pais deles estivessem aqui”.
  De acordo com ele, durante a celebração dos convênios ficou acertado que a prefeitura pagaria todo quinto dia útil, mas a informação não foi incluída na documentação.    Leia mais na Edição Digital

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