(Guilherme Dardanhan/Divulgação ALMG)
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) divulgou, na tarde desta quarta-feira (17), o resultado do acordo de líderes na casa que definiu os nomes dos sete membros efetivos da "CPI dos Fura-Fila", cujos trabalhos foram autorizados a ter início nesta quinta-feira (18).
A Comissão Parlamentar de Inquérito tem como objetivo investigar o ex-secretário de Estado de Saúde de Minas, Carlos Eduardo Amaral, e centenas de servidores da pasta (há uma lista de mais de 800 nomes de funcionários que teriam sido vacinados contra a Covid-19, boa parte deles sem pertencer à linha de frente do combate à pandemia ou mesmo a grupos de risco) por supostamente terem furado a fila da imunização.
De acordo com a decisão dos líderes, a CPI será composta pelos deputados Cassio Soares (PSD), Sávio Souza Cruz (PMDB), João Vitor Xavier (Cidadania), Rafael Martins (PSD), Roberto Andrade (Avante), Noraldino Junior (PSC) e Ulysses Gomes (PT) - este, autor do requerimento para a investigação.
Nos bastidores da ALMG, a informação é de que a presidência da Comissão, a ser definida na primeira reunião - marcada para as 16h desta quinta-feira (18) -, deve ser disputada por João Vitor Xavier, que já comanda a Comissão de Saúde da casa, e Sávio Souza Cruz, ex-secretário da pasta, em gestão anterior, e pertencente à ala mais à esquerda do PMDB - de oposição a Zema.
Crise
A notícia sobre os fura-fila da vacinação da Covid, no âmbito da secretaria de Estado da Saúde, provocou, na semana passada, uma das mais ruidosas crises entre o governo Zema e o Legislativo mineiro, desde a posse do atual governador.
Na quinta-feira (11), após dar explicações sobre o assunto na própria ALMG - dizendo não ter visto qualquer irregularidade nas imunizações -, o então secretário da Saúde, Carlos Eduardo Amaral, também vacinado, foi afastado do cargo, assim como o adjunto, Marcelo Cabral, que também recebeu a primeira dose. No dia seguinte, Zema (Novo) anunciou que o médico Fábio Baccheretti, presidente da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), assumiria o cargo de Amaral.