A Frente Independente pela Memória fará nesta segunda-feira (1º) um ato de repúdio na Praça 7, Centro de Belo Horizonte, contra o golpe militar, que completa 49 anos.
O movimento questiona os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade que, de acordo com a Frente, trata os crimes da ditadura militar de maneira insatisfatória, oportunista e antidemocrática.
Em um comunicado enviado à população de Belo Horizonte, a Frente Independente mineira informou que vai apresentar uma plataforma de exigências referente ao trabalho da Comissão Nacional da Verdade.
Entre os pontos questionados pelo grupo está a falta de divulgação das audiências públicas, que acabariam deixando de fora famílias e pessoa diretamente atingidas pelo regime. “Privilegiam-se os chamados especialistas – academias, instituições e corporações profissionais – em detrimento da abertura de interlocução com os familiares de mortos e desaparecidos políticos”, informa a nota.
Os organizadores do protesto também criticam o que eles chamam de “cultura do sigilo”, praticada pela comissão nacional, que tem dado ampla abertura para a defesa de militares das Forças Armadas.
Cemitérios
O objetivo do ato de repúdio é pressionar pela localização dos cemitérios clandestinos de Minas, solucionar o desaparecimento e a morte de militantes, responsabilizar e punir os torturadores reconhecidos pela sociedade, além da mudança de nomes de logradouros que homenageiam militares.