Ex-presidente reclamou, também, da campanha massiva para que jovens tirassem título de eleitor: "essa faixa vota na esquerda"
Moraes e quatro ministros votaram para aceitar a denúncia apresentada pela PGR (Bruno Peres/Agência Brasil)
Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribual Federal (STF) decidiu, nesta quarta-feira (26), tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 7 réus por tentativa de golpe de Estado. Em pronunciamento após a decisão, ele faz novos ataques ao ministro Alexandre de Moraes, presidente da Corte e, também, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Bolsonaro acusou a instância jurídica de influenciar as eleições a favor do Luiz Inácio Lula da Silva.
"Não pude mostrar imagem do 7 de Setembro, de parte do meu discurso do ONU, o Lula ao lado de ditadores. Eu não pude mostrar nada", afirmou o ex-presidente, que reclamou, também da campanha massiva para que jovens tirassem título.
"Essa faixa etária vota na esquerda. Só aí dá 2 milhões de votos de diferença", ressaltou.
Ataques a Alexandre de Moraes
Nesta quarta-feira, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade Bolsonaro e mais sete aliados por tentativa de golpe de Estado em 2022. Os cinco ministros votaram para aceitar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Os votos foram dos ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia, Cristiano Zanin. Agora, os acusados passarão a responder a um processo penal.
Bolsonaro atacou o ministro e presidente do STF, Alexandre de Moraes, de quem é desafeto.
"Estou sendo acusado de tentativa de golpe. Alguns devem ter percebido a forma incisiva que o ministro Moraes conduz. O que ele quer esconder?", indagou.