(Repodução/TV Globo )
Nesta quarta-feira (13), momento em que o Brasil registra mais de 600 mil mortes pela Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, em entrevista à rádio Jovem Pan, que decidiu não tomar a vacina contra a doença, já que "a imunização dele está lá em cima”.
Bolsonaro argumentou que tem anticorpos contra a doença porque já teve Covid, o que tornaria, na opinião dele, a vacinação desnecessária.
Após ter sido impedido de assistir ao jogo do Santos na Vila Belmiro por não estar imunizado contra o novo coronavírus, Bolsonaro também voltou a se posicionar contra o passaporte da vacina. “Exigir a vacina, eu não posso concordar. Para mim, liberdade acima de tudo”, disse à rádio.
Aos 66 anos, o presidente, que está dentro do grupo de risco para Covid-19, já poderia ter sido vacinado há meses de acordo com o calendário de imunização nacional.
Bolsonaro também chegou a questionar a eficácia das vacinas quando testou positivo para a doença, em agosto do ano passado. Além de não incentivar a vacinação, o presidente também ignora, com frequência, as medidas de proteção sanitárias recomendadas pelas organizações de saúde mundiais, como o uso de máscaras e o distanciamento social.
A Organização Mundial da Saúde orienta que mesmo quem já foi infectado pelo coronavírus deve se imunizar. A razão para isso seria que a vacinação produz uma proteção mais duradoura do que a resultante de infecção natural pela doença.
Além disso, a imunização, apontam os cientistas, deve mobilizar a sociedade inteira para ser mais eficiente. Ao receber a proteção contra o vírus, a pessoa também resguarda os demais, à medida que contribui para restringir a circulação do vírus.