Câmara de BH tenta acordo para votar aumento salarial do Executivo

Lucca Figueiredo - Do Hoje em Dia
30/11/2012 às 07:51.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:56
 (Câmara/Reprodução)

(Câmara/Reprodução)

Vereadores de Belo Horizonte tentam um acordo para apresentar o projeto que altera o salário do prefeito, vice e secretários. No embalo, eles discutem um reajuste no próprio vencimento. O tema, porém, encontra restrições por parte de alguns parlamentares o que coloca em risco a votação.

De um lado, os veteranos querem que os novatos dividam a responsabilidade e também assinem o documento, mesmo sem direito a voto, afinal, só assumem em 2013. “É necessário que todos assumam a responsabilidade”, afirmou Alexandre Gomes (PSB). Alguns, porém, rejeitam a possibilidade. “Essa é uma responsabilidade de quem está nesta legislatura. E nós não temos direito a voto”, afirmou Pedro Patrus (PT).

Além dessa situação, os vereadores que se reelegeram encontram uma outra dificuldade: a falta de apoio daqueles que vão deixar a Casa no fim do mês que vem. Muitos não querem analisar o tema para evitar o desgaste nesta reta final.

Além disso, eles estariam insatisfeitos com o Executivo por causa da falta de apoio durante a eleição. “Não tivemos ajuda e, agora, ele depende de nós. Tem gente na Câmara que quer dar o troco”, afirmou um parlamentar que pediu anonimato.


Negociação

Em meio à discussão, o presidente da Câmara, vereador Léo Burguês (PSDB), tenta conquistar apoios dos dois grupos. Além dele, outros integrantes da Mesa Diretora da Câmara já entraram em contato com os demais parlamentares na tentativa de afinar o discurso. Até mesmo integrantes do Executivo participam da discussão.

Apesar do cenário adverso neste momento, o Legislativo deve iniciar a análise do tema nos próximos dias. Durante o fim de semana existe a possibilidade de os acordos serem fechados. A partir da próxima segunda-feira, quando serão retomadas as reuniões em plenário, a discussão deve se intensificar.
De acordo com o regimento, o projeto que autoriza o aumento salarial deve ser apresentado pela Mesa Diretora. O prefeito Marcio Lacerda (PSB) já deu o aval para que a proposta seja criada. O texto precisa ser votado em apenas um turno no plenário.

O tema precisa ser analisado neste ano para que entre em vigor a partir de janeiro. Caso contrário, o novo aumento só poderá sair em 2017.

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