(Maurício Vieira/Hoje em Dia)
A novela envolvendo o pedido de cassação do mandato do presidente da Câmara Municipal de BH, Gabriel Azevedo (sem partido), promete capítulos decisivos nesta semana. Após mais de dois meses desde a abertura do processo que sacode o Legislativo municipal, o vereador irá prestar depoimento na quarta-feira (8) para se defender das acusações de quebra de decoro parlamentar e abuso de autoridade.
Antes, hoje e amanhã, outras sete pessoas – entre vereadores e assessores – serão ouvidas pela comissão processante. O grupo iniciou os trabalhos de coleta dos depoimentos na semana passada, com sessões marcadas por acusações, bate-bocas e até choro. Algumas chegaram a ser suspensas. Em uma delas, a vereadora Flávia Borja voltou a falar sobre perseguição de gênero e religiosa, chorando durante o depoimento.
Procurado, Azevedo voltou a dizer que só irá se pronunciar ao fim dos depoimentos. O Hoje em Dia também tentou contato com as vereadoras Professora Marli (PP), Janaina Cardoso (União) e Iza Lourença (Psol), que integram a comissão. Não houve retornos. Elas terão até 90 dias para dar um parecer. A data limite é dezembro.
Para que Gabriel seja afastado do cargo basta maioria simples dos votos dos vereadores. Ou seja, o aval de mais de 50% dos presentes em plenário. Já para que a cassação ocorra são necessários os votos de 28 parlamentares – dois terços da Câmara.