O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disse que "não é possível partidarizar órgãos de controle ou partidarizar polícias", enquanto falava sobre denúncias contra políticos, em Porto Alegre, nesta quinta-feira, 28. Ao mesmo tempo, ressalvou que o comentário não se referia à pressão do PSDB contra o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, por ter encaminhado à Polícia Federal um documento que cita suposta propina ao chefe da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin recebido informalmente. "Não tenho juízo de valor, estou falando como tese" reiterou. "Se houve isso ou não houve, não tenho condições de saber daqui".
Campos destacou que defende apuração rigorosa de qualquer denúncia contra qualquer partido. "A sociedade nos ajudou a construir o estado democrático de direito para efetivamente garantir que as instituições funcionem, para dar conta dos desvios de conduta dos gestores nomeados ou eleitos", comentou.
Questionado sobre dificuldades que a presença da ambientalista Marina Silva causaria para a chapa dialogar com o agronegócio, Campos lembrou que o PSB, historicamente, é mais ligado à agricultura familiar, mas destacou a força que a agricultura empresarial tem na geração de empregos, na produção de alimentos e nas exportações. "Como pretender governar o Brasil sem dialogar com esse setor?", perguntou.
A agenda de Campos em Porto Alegre começou com uma visita ao presidente do PPS local, Paulo Odone, e contou com uma pausa para um cafezinho na rua Padre Chagas, no bairro Moinhos de Vento. Logo depois, o governador falou sobre sua gestão para o Lide-RS Grupo de Líderes Empresariais que congrega dirigentes de empresas com faturamento superior a R$ 100 milhões.
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