O candidato do PPL à Prefeitura de São Paulo, Miguel Manso, criticou a postura da presidente Dilma Rousseff na condução econômica do País. Para ele, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "melhorou" a economia e teria escolhido sua sucessora política para "acelerar a economia". "Ao invés de acelerar (a economia), desacelerou por falta de política industrial. O BNDES é usado para empresas estrangeiras comprarem empresas nacionais. Isso é uma falta de política industrial", atacou.
Com discurso pautado no desenvolvimento industrial tanto da cidade de São Paulo quanto no País, o candidato do partido recém-criado afirmou que os problemas enfrentados pela Capital paulista têm origem na ausência de um "projeto nacional" dos partidos políticos brasileiros. Ele reclama que o número de indústrias na cidade foi reduzido de algo em torno de 42 mil no meio do século passado para 19 mil hoje em dia. Questionado se a tendência de São Paulo não era direcionar os esforços para ser uma cidade de serviços, ele negou. "Vai examinar o que é o PIB de São Paulo. É especulação imobiliária, especulação. Não é tão valorizado quanto a produção", analisou.
Manso disse que, caso eleito, construiria usinas termoelétricas de lixo no município, apresentando projetos que transformariam a queima em energia elétrica. Além disso, ele propôs criar uma linha de metro na superfície sobre pneus. "Metro é caro e demora pra fazer. São Paulo precisa de uma rede de 300 km. Estamos falando em algo em torno de 150 anos seguindo o ritmo atual de 2 km ao ano", afirmou.
No sistema proposto por Manso, seriam feitas 45 linhas de ônibus articulados com cinco anéis circulares. "O projeto está desenhado, orçado. Começaremos a implantar em seis meses em parceria com as concessões atuais", apostou.
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