No último bloco do debate Estadão/TV Cultura/YouTube com os candidatos que disputam a Prefeitura de São Paulo, os candidatos agradeceram aos telespectadores e aproveitaram para trocar críticas veladas e indiretas aos adversários. O tucano José Serra disse que "sempre teve ficha limpa, passado limpo" e que "não propõe projetos mirabolantes, enganações". Em outras ocasiões, Serra já criticou a proposta de bilhete único mensal do petista Fernando Haddad e classificou a ideia como "jogada eleitoral". Haddad também usou as considerações finais para falar sobre seu currículo como professor universitário e atuação na administração pública.
Para finalizar, o petista afirmou que "alguns candidatos que se apresentam como candidato da mudança" apoiam a atual gestão - numa referência a José Serra, que é apoiado pelo prefeito Gilberto Kassab e, ao longo do debate, disse que desejava "ser o prefeito da mudança". "E outros (candidatos) pensam que basta ser o fiscal da cidade, mas não basta", completou Haddad. Carlos Giannazi (PSOL) disse que a cidade vive uma crise e, sem citar nomes, alfinetou o petista e o tucano: "Quem nos colocou nessa crise não vai ter a capacidade de nos tirar dela. Os partidos aqui são cúmplices porque governaram ou governam a cidade de São Paulo de uma forma indireta ou direta".
Já Paulinho da Força (PDT) voltou a criticar Russomanno, dessa vez de forma velada, ao dizer que há candidato que não vota de acordo com que diz e que não responde a "essas" perguntas. Paulinho se referia ao primeiro bloco do debate, quando afirmou que Russomanno votava contra o interesse do povo no Congresso Nacional. Na réplica, o candidato do PRB se limitou a dizer que Paulinho estava "muito mal informado" sobre as votações.
O líder nas pesquisas de intenção de voto, Celso Russomanno (PRB), agradeceu o apoio que vem recebendo do eleitorado nesta campanha municipal. Gabriel Chalita (PMDB) disse que a cidade precisa de "menos discurso e mais ação" e mencionou Deus em seus agradecimentos. Levy Fidelix (PRTB) também agradeceu aos telespectadores e Soninha Francine (PPS) se colocou à disposição dos eleitores para responder questões do debate que não foram a ela dirigidas.
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