A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, se reuniu na manhã desta segunda-feira (2), com o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, para tratar da segurança do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta-feira (4), informou a Secretaria de Comunicação Social da Suprema Corte.
A reunião entre Cármen e Galloro durou cerca de trinta minutos e ocorreu no gabinete da presidência do STF. A conversa se deu em um momento em que ministros do STF são hostilizados nas ruas, viram alvos de críticas nas redes sociais e até de protestos na Semana Santa.
Na semana passada, o ministro do STF, Edson Fachin, relator da Operação "Lava Jato" no STF, afirmou que sua família está recebendo ameaças e que já pediu providências à ministra Cármen Lúcia.
A Secretaria de Comunicação Social do STF informou na noite da última terça-feira (27), que autorizou o aumento do número de agentes para escolta permanente de Fachin.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada na última quinta-feira (29), Cármen disse que a Justiça não se intimida com tentativas de constrangimento.
"A Justiça não se intimida, primeiro porque ela tem um papel constitucional a cumprir do qual ela não pode se subtrair. A prestação da Justiça significa exatamente atender a quem tem direito. O que o juiz ameaçado precisa é de garantia para ter tranquilidade e cumprir as suas funções", disse a presidente do STF, ressaltando que decisões judiciais sempre trazem um "nível de insatisfação".
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