Na manhã quente e úmida de Paricatuba, no Amazonas, dezenas de fuzileiros, com apoio aéreo de aviões de ataque leve A-29 Super Tucano e helicópteros armados, tomaram em menos de 10 minutos um Pelotão Especial de Fronteira. Camuflada, a tropa chegou pelo rio, a bordo de lanchas rápidas e pouco antes das aeronaves. A guarnição "inimiga" bateu em retirada, abrigada pela selva.
Na Operação Amazônia 2012, o dia nesta quarta-feira (26) foi dedicado a ações combinadas. Os 5 mil militares envolvidos no exercício, que termina nesta sexta-feira (28), devem simular situações de defesa de área, interdição do espaço aéreo e deslocamento rápido, para missões múltiplas. Nas vilas e cidades, estão sendo oferecidos atendimento médico e assistência social.
Embora seja um treinamento, o primeiro balanço do ensaio revelou resultados objetivos. Na rede fluvial da região foram apresadas, pela Marinha, sete embarcações irregulares - todas transportavam passageiros em excesso e sem recursos de segurança.Em ao menos três delas, havia armas. Nas outras quatro, a maior parte das pessoas encontradas a bordo estava sendo levada para participar de comícios eleitorais.
Pente grosso
A Operação Amazônia 2012 abordou 159 barcos e identificou estradas não mapeadas nos Estados do Pará, Amazonas, Acre e Rondônia. Segundo o ministro da Defesa, Celso Amorim, que esteve nesta quarta-feira (26) na região, o programa "destina-se a preparar a tropa para a defesa, enquanto aplica um pente grosso nos locais por onde passa - é diferente da série Ágata, que faz um patrulhamento armado e real da linha de fronteira: é o pente fino". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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