(Moreira Mariz)
Após nove meses desde que iniciou as denúncias contra o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o senador Fernando Collor (PTB-AL), voltou a pedir que o Senado tome providências a respeito das acusações.
O parlamentar lembrou, na segunda-feira (18), que já foram feitas 11 representações nas esferas cívil, penal e administrativa para apurar as denúncias. As acusações vão desde por crime de prevaricação, improbidade administrativa a inércia e irregularidades em processo licitatório.
"Ora, se de fato existem indícios, constatações e provas desabonadoras e até criminosas da conduta do Sr. Roberto Gurgel à frente da Procuradoria-Geral da República, nada mais natural e saudável para a democracia que o Senado Federal exerça as suas atribuições e, mais do que isso, os seus deveres constitucionais para esclarecer os fatos e julgar adequadamente", alegou o senador.
As denúncias contra Gurgel começaram em 2012, durante a CPI do Cachoeira, quando os parlamentares questionaram a Operação Vegas, responsável por investigar o contraventor em 2009. Collor afirma que Gurgel, ao paralisar as investigações, permitiu à organização criminosa agir livremente. Apenas em 2012 Cachoeira foi preso, na operação Monte Carlo, da Polícia Federal.
No começo de fevereiro, o senador voltou a atacar o procurador, apontando irregularidades em licitações para compra de tablets pela Procuradoria-Geral da República.
Outra acusação de Collor é de que Gurgel esteja utilizando o cargo para fazer ameaças, apontando o fato de o procurador ter denunciado o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pouco antes da eleição para a direção da casa, mesmo tendo o inquérito em mãos por dois anos. Na denúncia, Gurgel acusa Renan de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso.
*Com Agência Senado