Com ausência de Dilma em marcha, adversários prometem recursos

Hoje em Dia
15/05/2014 às 08:16.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:35
 (JOEL RODRIGUES/FRAME/ESTADÃO CONTEÚDO)

(JOEL RODRIGUES/FRAME/ESTADÃO CONTEÚDO)

Os pré-candidatos à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves (MG), e pelo PSB, Eduardo Campos (PE), participaram ontem da Marcha dos Prefeitos. Eles responderam sobre questões e reivindicações formuladas pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). E defenderam, se eleitos, o aumento do repasse de recursos às prefeituras, e fizeram críticas ao atual governo. Candidata à reeleição pelo PT, a presidente Dilma Rousseff foi convidada, mas não compareceu. A Secretaria de Comunicação da Presidência da República não informou o motivo.

Eduardo Campos e Aécio Neves também se comprometeram a destinar mais recursos para a saúde e para a educação, dividindo a responsabilidade da execução dos programas com as prefeituras, além de ampliar o diálogo com os gestores municipais.

Para o pré-candidato do PSB, é preciso criar uma carreira nacional de médicos e fortalecer a atenção básica de saúde. “Vamos implantar os 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a saúde, não de um ano para outro, mas dentro de um governo.
A União vai voltar a crescer sua participação no financiamento da saúde pública. Vamos fazer um grande esforço de compreender que é mais barato cuidar da saúde do que da doença. Um passo importante é a prevenção. Precisamos assumir o compromisso de financiamento da saúde básica. Fora isso dá para ampliar, pelo menos, em 30% (os recursos para a saúde) melhorando a eficiência”, disse Eduardo Campos.

Saúde

Para o pré-candidato tucano, é possível ampliar os repasses para saúde melhorando a gestão. “Um outro dado que mostra a ineficiência: R$ 10 bilhões do conjunto dos investimentos da saúde pública deixaram de ser gastos, ficaram como restos a pagar. Não pode haver um descaso tão grande do governo com a área da saúde”, disse Aécio Neves.

Uma das principais queixas dos prefeitos é a perda de receita decorrente da desoneração de impostos. A medida também foi alvo de crítica dos pré-candidatos à Presidência. Ambos defenderam a revisão desse tipo de política como forma de estimular a economia sem que haja perda de receita para as prefeituras.

Segundo Eduardo Campos, não se pode fazer desoneração “às custas das receitas dos municípios e dos estados” e este é um compromisso que será incluído no programa de governo. Aécio Neves disse que, se eleito, pretende criar uma secretaria para estudar formas de simplificar a tributação no país.

De acordo com o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, os pré-candidatos foram escolhidos levando em consideração os mais bem colocados nas últimas pesquisas de intenção de voto. Há uma semana, o pré-candidato do PT ao

governo de Minas, Fernando Pimentel, disse que a presidente iria anunciar o aumento do Fundo de Participação dos Municípios, o que não aconteceu até o fechamento desta edição.
 

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