(Antônio Cruz/ABr)
Com uma dívida de pelo menos R$ 217 milhões, o prefeito de Uberaba, Paulo Piau (PMDB), cogita criar mais três secretarias municipais. A proposta é transformar as superintendências de Serviços Urbanos e a de Projetos e Parcerias Intersetoriais em pastas, e dar origem a outra, de Segurança Pública, segundo o peemedebista. No entanto, Piau garante que as possíveis mudanças não vão trazer mais impacto aos cofres públicos e só serão realizadas se aprovadas por um estudo técnico. “A tendência não vai ser promover um aumento da despesa. Será um rearranjo do orçamento existente”, afirma. Para o prefeito, a reforma administrativa é necessária a fim de acabar com a falta de clareza do escopo das secretarias. “Aqui é um xadrez. A pasta de Infraestrutura reúne as áreas de Obras e a de Serviços Urbanos, mas vimos que não casou bem, porque a cidade está feia, está suja. Temos de ter quantas secretarias forem necessárias”, diz. De acordo com o departamento de comunicação da prefeitura, Piau não “anunciou” novas secretarias, mas sim, “acenou essa possibilidade”, na última quinta-feira (31). “Por conta da dívida, antes da ‘reforma estrutural’, o prefeito vai pedir o estudo, justamente para ver a viabilização”. Consultoria Para conseguir emplacar as mudanças, o peemedebista tem participado, nos últimos dias, de reuniões com empresas que prestam consultoria especializada, como as fundações Getúlio Vargas (FGV) e Dom Cabral, conforme foi informado pelo departamento de comunicação da Prefeitura de Uberaba. Questionado sobre qual será a origem dos recursos para pagar a consultoria, tendo em vista o rombo na prefeitura, Piau respondeu que independentemente da situação financeira, o serviço é “pré-requisito” para uma “boa gestão”. “É como em uma família. Se alguém fica doente e você está falido, você se vira, passa o chapéu para conseguir o remédio”, ressalta. “Essa consultoria é o remédio para saber o que fazer no futuro. Não é um gasto, é um investimento. Com ou sem dinheiro, tem que ser feita”, acrescenta o prefeito.