Começa a corrida pelo impeachment da presidente Dilma

Bruno Moreno, Bruno Porto e Thiago Ricci - Hoje em Dia
14/10/2015 às 06:34.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:02

Foi oficializada nessa terça (13) a corrida pelo impedimento, ou manutenção, da presidente Dilma Rousseff (PT) à frente da Presidência da República.

O Supremo Tribunal Federal (STF) deu o primeiro ato jurídico relativo a um eventual processo de impedimento presidencial, acirrando a crise e a instabilidade política por que passa o Brasil. O governo chamou a base à reação, enquanto a oposição trabalha para conseguir maioria no Congresso.

O Hoje em Dia procurou a bancada mineira na Câmara, composta de 53 parlamentares, para mostrar como se comportará, caso torne-se concreto o impeachment. Veja abaixo a posição de cada parlamentar.

A maioria dos deputados federais mineiros ainda não definiu se apoiará ou rejeitará um eventual processo de impedimento. A enquete revelou que 41%, o que corresponde a 22 deputados, ainda não se definiram: 22% estão indecisos e outros 19% não quiseram se posicionar ou não responderam.

Mas, dentre os que têm voto definido, Dilma está em vantagem, já que 28% disseram que não apoiam a queda da petista, enquanto 24,5% querem que a saída da presidente.

Entre aqueles que repelem o impeachment, o argumento mais usado é o de que não existem elementos suficientes ou acusações diretas à presidente que justifiquem técnica ou juridicamente a queda de Dilma. “Não temos elementos, o que tem é interesse político. Não tem um ato contra a presidente”, afirmou Adelmo Leão (PT).

Favoráveis

Os favoráveis à saída sustentam que a rejeição das contas do governo pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em virtude da prática conhecida como “pedalada fiscal”, é uma base suficiente para o afastamento. Eles ainda lembram que a Constituição prevê o dispositivo do impeachment.

“A Constituição brasileira estabelece a muito claramente a possibilidade de afastamento (do ocupante) da presidência da República. Não tenho dúvida nenhuma que a decisão do TCU é realmente um fundamento importante para isso”, argumentou Bonifácio Andrada (PSDB).

Sem posição

 

Os indefinidos aguardam os próximos movimentos e orientações do partidos para decidirem para qual lado deverão pender.

Os números do levantamento revelam que tanto a oposição quanto a situação terão uma importante massa de manobra para disputar no parlamento, em busca da continuidade ou da queda de Dilma.

Dos 12 com votos indefinidos, sete são da base do governo, integrantes de PMDB, PR, PP e PSD e quatro do bloco oposicionista, das siglas PTN, PTC, PSB e DEM.

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