(Lucas Prates)
O Dia das Mães vai ser de promoções e lembrancinhas. Na segunda data mais importante do ano para o varejo, perdendo apenas para o Natal, 70,6% dos lojistas irão apostar em descontos, o que não é comum para a época. Já os clientes não pretendem gastar muito: 67% vão investir menos de R$ 100. Os dados são da pesquisa Expectativas de Vendas e Intenções de Consumo, realizada pela Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio-MG), divulgada ontem.
“Apesar de ser a melhor data do primeiro semestre, o varejo está receoso devido ao ambiente econômico, marcado pela crise, pelo endividamento e pelo desemprego. Por isso, os lojistas irão fazer promoções, investir no atendimento e em publicidade. São os artifícios que eles têm para atrair clientes”, explica a estatística da Fecomércio-MG, Elisa Costa.
Embora o cenário esteja nebuloso, ela garante que 69% do comércio será afetado positivamente pelo fato de a data ter um apelo afetivo. “Até o setor de combustível sofrerá impactos”, diz. Por outro lado, 40,8% dos empresários acreditam que o desempenho será pior do que o de 2015.
A pesquisa aponta que 51,5% dos consumidores irão comprar presentes. O índice é 3,3 pontos percentuais inferior ao registrado no ano passado, quando 54,8% dos entrevistados disseram que iriam consumir. Conforme analisa a estatística da Fecomércio, a maioria das pessoas que não compram produtos na data não têm a quem presentear (33,5%). Outros 24,1% estão desempregados e 11,5% estão endividados. “É uma data muito forte”, diz.
Ela destaca que em 2015 52% dos consumidores compraram presentes com valores inferiores a R$ 100. O tipo de presente adquirido também mudou. No ano passado, os eletrodomésticos ficaram em segundo lugar. Neste ano, apenas 2,9% dos consumidores citaram os aparelhos, puxando o tíquete médio para baixo.
As roupas são os artigos de maior interesse dos clientes, com 26,3%, seguidas dos artigos de perfumaria (18%), dos calçados (16,6), dos artigos de decoração (10,2%) e das bijuterias (6,3%). Os pacotes de viagem são os últimos colocados, com 0,5% do interesse dos entrevistados