Compra de votos que permitiu reeleição de FHC vira livro

Amaury Ribeiro Jr. e Rodrigo Lopes - Hoje em Dia
19/03/2013 às 06:38.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:00
 (Arquivo/AE)

(Arquivo/AE)

Está próxima de se tornar pública a identidade do ‘Senhor X’, codinome de um político que ficou conhecido por revelar, em 1996, a compra de votos que permitiu a reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso.

Nitroglicerina

Documentos e depoimentos transformam em pura nitroglicerina um livro que está sendo rodado em uma gráfica de Brasília. “Honorários Bandidos 2”, de Palmério Dória, é uma biografia não autorizada do ex-presidente FHC.

Biografia de FHC

O livro mostra a reação dele ao saber que seria o suposto pai de um filho em um possível relacionamento extraconjugal. Segundo o autor, até mesmo agressões físicas teriam sido cometidas pelo ex-presidente contra mulheres.

Tutu da reeleição

Detalhes do esquema de compra de votos devem esquentar mais as eleições de 2014, que já estão nas ruas. No livro, o parlamentar confessa ter recebido propina da base governista, para votar a favor do projeto que permitiu a reeleição de FHC.

Frevo de R$ 1 mi

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), já está em campanha para a Presidência. A Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur) pagou, sem licitação, R$ 1 milhão para a Fundação Roberto Marinho. A dinheirama é só a primeira parcela referente ao projeto Museu Paço do Frevo, que o governo do presidenciável do PSB desenvolve em parceria com a Fundação Roberto Marinho.

TCU blindado

O Tribunal de Contas da União (TCU) blindou seus ministros da divulgação de gastos de viagens feitas com dinheiro público. As decisões do plenário impedem que o cidadão tenha acesso ao destino, ao custo e à justificativa das autoridades para emitirem passagens aéreas bancadas pelo contribuinte. Só a ministra Ana Arraes consumiu R$ 40 mil, em 39 viagens, em 2012. Aroldo Cedraz usou mais R$ 30 mil no ano passado e mais R$ 37 mil em 2011, em 48 deslocamentos.

Algoz de Brizola

Centrais sindicais e líderes do PDT acusam o secretário de Relações do Trabalho e Emprego, Manoel Messias Nascimento Melo, pela exoneração do ministro Brizola Neto. Messias, ligado à CUT, aproveitou a inoperância e omissão de Brizola para mandar de fato no Ministério do Trabalho, o que irritou os aliados do deputado fluminense.

Fábrica sindical

Messias era responsável pela concessão de registros sindicais, área em que paira a suspeita da existência de uma “fábrica de sindicatos”, com entidades sindicais criadas apenas para arrecadar impostos. As atitudes dele desagradaram os caciques do PDT, como o deputado Paulinho Pereira, presidente da Força Sindical.

Firme nas greves

Messias também confundia a sua competência. Algumas vezes o ex-secretário deixava de desempenhar sua função no MTE para participar de manifestações de grevistas em estados do Nordeste. 

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