Confira bloco a bloco como foi o debate entre os candidatos ao governo

Hoje em Dia
23/09/2014 às 23:27.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:19
 (Ricardo Bastos/Hoje em Dia)

(Ricardo Bastos/Hoje em Dia)

No 1° bloco do debate na TV Alterosa cada um dos três candidatos presentes fizeram uma breve apresentação de suas vidas políticas e o motivo pelo qual merecem chegar ao governo de Minas. Confira o que cada um disse de mais importante:
 
Tarcísio Delgado (PSB) - Sou advogado, deputado federal três vezes, prefeito três vezes. Como prefeito fiz um trabalho revolucionário e inovador no município em que governei (Uberaba). meu trabalho deve servir de modelo para quem quer governar.
 
Fidélis Alcântara (PSOL) - Nosso programa de governo não foi feito só para as eleições, faz lutas cotidianas das cidades, é uma campanha sem financiamentos de empresas, só voluntários. Quero agradecer às pessoas que participam da campanha como voluntários. Essa é a nova política que estamos construindo nas ruas.
 
Pimenta da Veiga (PSDB) - Queria lamentar profundamente que o candidato do PT está fugindo do diálogo que prega, vive dizendo que quer governar conversando com a população, mas foge de conversar, do diálogo, das denúncias feitas pela IstoÉ essa semana e outras acusações que eu tenho a fazer pessoalmente contra ele, mas ele está fugindo do debate.

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No 2º bloco, convidados pela direção fizeram perguntas para os candidatos. Confira as participações o que cada um dos três participante disse:

- Dom Walmor de Oliveira Azevedo (arcebispo metropolitano): Qual é na verdade a sua opção como candidato, o sentido e o lugar dos pobres?

Pimenta da Veiga: Eu entendo os governos como tendo a sua prioridade principal proteger as pessoas, especialmente as mais carentes, devemos dar aos mais pobres condições de superar a pobreza fazendo com que ele se qualifique melhor. Todo meu esforço sendo governador de Minas será reduzir as distâncias entre as regiões do Estado.

Fidélis Alcântara: Não podemos aceitar a privatização do SUS. Não podemos aceitar a precarização das escolas. Precarização das iniciativas privadas. Ter um trabalho de qualidade é essencial para o Estado.

Pimenta da Veiga: detacar as bolsas educação e bolsa juventude, que foram criadas no governo FHC, é importante. Mas temos que qualificar pessoas, dar condições para que elas consigam prover as suas vidas. Isso que dá dignidade.

- Luís Cláudio Chaves (presidente da OAB-MG): Qual a proposta para a segurança pública?

Tarcísio Delgado: Poder judicial independente, hoje a legislação desfavorece a ordem.

Pimenta da Veiga: Minas é o Estado que mais investe em segurança pública, com 43 milhões de reais, 500% mais vagas profissionais, aumento de efetivo, fica vivo, olho vivo.

Tarcísio Delgado: É preciso observar bem que não é bem assim a realidade de Minas. Pimenta fala de investimento em segurança, e existe um índice do alto de criminalidade em Minas. O que fez com que Minas caísse para o 3º lugar na competitividade e fez com que os empresários não quisessem vir pra Minas.

Olavo Machado Júnior (presidente da Fiemg): Qual será o peso da Secretaria de Desenvolvimento junto com a Secretaria da Fazenda?

Tarcísio Delgado: Minas tem sofrido muito, são fábricas que fecham todos os dias. O Pimenta não gosta que a gente fala, mas Minas está andando para trás, Minas precisa voltar a caminhar para frente. É fundamental o empresário ter tranquilidade e segurança jurídica.

Fidélis Alcântara: A Fiemg não convidou a gente para conversar com eles. Inversão de prioridade. As grandes empresas não podem mandar no nosso Estado, o BDMG não pode financiar apenas grandes empresas e esquecer as pequenas e a agricultura familiar. O Estado não é pai de grandes empresas, tem que ajudar também o produtor rural. Minas cresceu no número de empresas e empregos: 1 milhão e 800 empregos, a questão tributária deve ser simplificada. Mais do que isso, quero facilitar a vida do empresário. Eu tenho horror a burocracia.

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No terceiro bloco, jornalistas do grupo Diário dos Associados fizeram perguntas para os candidatos:

- Batista Almeida (editor de política): Nascente do Rio Sao Francisco Secou, se não chover ate outubro, o calculo é que 40 km do rio estarão secos. Que propostas concretas o senhor tem para salvar o 'Velho Chico'?

Fidélis Alcântara: A questão não é apenas a falta de chuva é também a questão do uso que se faz da terra, mineração, eucalipto e de cana. Enquanto passamos um problema muito sério com a água, o Estado de Minas permite que as mineradoras utilizem a água para isso. Isso será revertido com questões sérias pelo nosso governo.

Tarcísio Delgado: Lamentável termos que falar que a sua principal nascente secou. O Rio São Francisco não está comprometido só na sua principal nascente.

Fidélis Alcântara: Controlar a mineração, eu convoco as cidades que têm mineração a resistir, temos que defender as nossas águas, os governos têm relação direta com as mineradoras que financiam as suas campanhas, têm compromisso com as empresas.

- Guilherme Garcia Terreza (editor responsável regional): Como fazer a educação integral de qualidade?

Pimenta da Veiga: Esse é o tema mais importante que podemos discutir. Educação é prioridade absoluta no nosso governo. Vamos fazer uma pauta aberta com os professores, inclusive questões salariais. Escola integral com certeza é mais onerosa, mas se isso for prioridade, teremos recurso para isso.

Fidélis Alcântara: A falta de respeito do Pimenta falar que o Sind-ute é associado ao PT, é impossível ter esse diálogo. Precisa de revisão curricular, centrado no aluno e não no professor repetidor de conteúdo. Não adianta aumentar o tempo, tem que ser escola de qualidade.

Pimenta da Veiga: Eu vou conversar direto com os professores, vamos abrir espaço para esportes para cultura e intercâmbio. Mais tempo para o aluno aprender, mais tempo na escola e longe de más companhias. Alunos aprendendo mais e pais mais tranquilos.

- Berta Maakarom (Estado de Minas): Como vai aumentar o efetivo da policia?

Tarcísio Delgado: Buscar recursos. Enquanto o petróleo da recursos altíssimos para os estados produtores, Minas recebe recurso baixíssimo do minério. Aumentando a receita aumenta a lei de responsabilidade fiscal.

Pimenta da Veiga: A questão do minério também fico revoltado, a presidente Dilma não aprovou o marco regulatório do minério, 1 bilhão de reais de minas por ano, a questão das fronteiras que não têm segurança por onde entram drogas o que é sinônimo de criminalidade. Em Minas quem tem que ter medo de sair de casa é o bandido. Teremos tolerância zero com a criminalidade.

Tarcísio Delgado: Exigir do governo federal a questão do minério.

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No quarto e penúltimo bloco, os fazem perguntas para seus concorrentes, que têm direito de resposta e réplica:

1 - Tarcísio Delgado: Eu desejava perguntar ao Pimentel, mas como ele não está aqui, vou perguntar ao Fidélis. O Pimentel é o ministro mais prestigiado da Dilma, queria saber o que eles fizeram para acabar com a exploração do minério?

Fidélis Alcântara: O problema do minério não é apenas não pagar o ICMS, ele não tem controle nenhum, a sociedade tem que participar, o minério precisa do controle popular. As divisas que as mineradoras trazem para MG, não é suficiente comparado ao estrago que é feito no Estado.

Tarcísio Delgado: Maiores crimes de lesa pátria desse país, a forma de exploração que é do minério em Minas. Não é possível um Estado tão rico termos uma exploração nojenta com o minério. Os tubarões não entram nessa assunto, porque esse assunto é complicado para lee.

Fidélis Alcântara: Tanto o PT quanto o PSDB recebem dinheiro das mineradoras. Não estou só falando de governador, eu estou falando de deputados também, o jogo de interesses e a forma como esses dois partidos políticos se amarraram nesse processo. Quem paga a banda escolhe a música, quem paga a banda nesse caso são as mineradoras.

2 - Fidélis Alcântara: Eu realmente errei no último debate. Não são 600 escolas que não têm rede de esgoto são 610 e o hospital de Ibirité não esta pronto.

Pimenta da Veiga: Existe uma realidade, o hospital de Ibirité está funcionando, Uberlândia, Pirapora, Uberaba, Juiz de Fora, estão com as obras avançadas. Todos serão concluídos e equipados. Vamos criar a carreira de médico, como funciona a carreira do judiciário. Assim os médicos vão chegar ao interior.

Fidélis Alcântara: As cidades que ele citou, os hospitais estão em construção, não estão prontos. Esses hospitais foram prometidos em 2006 e nós estamos em 2014, isso parece piada com a população.

Pimenta da Veiga: Um plano dessa envergadura não é para ser feito de um dia para o outro. O importante é que está sendo feito. A saúde em Minas continuará evoluindo.

3 - Pimenta da Veiga: O candidato Fernando Pimentel está ultrapassando todos os limites de falta corrupção, responde por improbidade administrativa, desvio de dinheiro, e agora sofreu uma condenação esses dias. Um candidato com cinco processos graves, improbidade administrativa, desvio de dinheiro, há processo que ele pode ser submetido a uma pena de 17 anos, e ainda não vem aqui? Ele não se explica aos mineiros!

(Com ausência de Pimentel para responder, debate segue com Tarcísio Delgado)

Tarcísio Delgado: Estou muito comprometido com Minas Gerais, eu quero bem para o meu Estado, eu adoro ser mineiro. Vivi a vida inteira aqui. Quero uma sintonia profunda com Marina Silva e fazer a grande transformação que esse país está precisando, queremos trabalhar nesse sentido, de promover em Minas a grande revolução, só sou candidato para fazer diferente, se fosse para fazer como esses fazem, eu não estaria aqui. Eu fiz diferente quando fui prefeito em Juiz de Fora, fui reconhecido mundialmente. Como gostaria de ver a Marina com aquela simpatia toda ajudando Minas.

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No quinto e último bloco os candidatos fizeram suas considerações finais, com dois minutos cada, onde aproveitaram para agradecer e pedir votos aos eleitores.

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