O ex-prefeito e atual vereador do Rio Cesar Maia (DEM) oficializou nesta quarta-feira (25), durante convenção de seu partido em um hotel no centro do Rio, sua candidatura ao Senado na chapa formada em aliança com PMDB, PSDB e outros 15 partidos. Maia vai apoiar a reeleição do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e o candidato tucano Aécio Neves à presidência da República, no acordo classificado como "bacanal" pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB).
Em discurso diante de vários correligionários que disseram preferir Maia como candidato a governador, ele justificou sua adesão ao PMDB (e consequente desistência da candidatura ao governo) alegando ser a forma "possível" de garantir espaço para Aécio no Rio.
Maia também repetiu que a aliança entre o PT do candidato a governador Lindbergh Farias e o PSB do candidato a senador Romário influenciou sua decisão. "Antes era cada partido com seu candidato (a presidente). Com essa aliança (entre PT e PSB), Dilma e Eduardo Campos passaram a dividir o palanque, então Aécio precisava garantir espaço também".
O ex-prefeito contou que já havia produzido material para sua campanha a governador. Com a mudança, terá de jogar fora banners e impressos.
Em entrevista coletiva, Maia discorreu sobre as críticas que recebeu nos últimos dias. O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), criticou a aliança entre PMDB e DEM, segundo Maia, "não por minha causa, mas porque isso significou um palanque para Aécio no Rio, e o prefeito faz campanha pela Dilma".
Sobre a deputada estadual Clarissa Garotinho (PR), que classificou sua aliança com o filho de Cesar, Rodrigo Maia, na eleição de 2012 como "o maior arrependimento" da vida dela, Cesar afirmou que considera a deputada "mais qualificada que o pai e a mãe (dela)" e que "ela pode escrever o que quiser que não vou mudar minha opinião".
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