A convenção nacional do PMDB começou na manhã deste sábado (12) embalada pelos gritos da militância de "Fora Dilma" e "Fora PT". As manifestações contra o governo também marcaram a abertura dos discursos de dirigentes estaduais e setoriais da sigla.
O ato teve início por volta das 9h. A ala oposicionista do partido preparou uma carta única, assinada por deputados estaduais, federais, que prega o "afastamento imediato dessa desastrosa condução do país". "Temos que desembarcar do governo que não nos respeita nem considera", pede os oposicionistas do partido na carta.
Não houve, até o momento, um discurso de defesa do governo. O vice-presidente Michel Temer ainda não chegou ao local.
O PMDB decidiu deixar os microfones abertos para as críticas ao governo mas fez um acordo que prevê que os pedidos de rompimento serão decididos pela direção nacional do partido depois, em até 30 dias.
O ato do partido, no entanto, foi tomado por críticas à presidente Dilma Rousseff e convocações para as manifestações deste domingo (13). "O que dizem as ruas neste momento?", questionou o ex-ministro Geddel Vieira Lima. "Elas ecoam as vozes dessa sala."
LÍDER
Em diversos discursos, Temer foi descrito como "o grande líder" da legenda. Geddel chegou a dizer que "o mesmo entendimento que gerou unidade" dentro do partido em torno da reeleição do vice ao comando nacional do PMDB, "é capaz de se organizar para dar um alternativa" ao país.
Outros dirigentes locais do PMDB pregaram que o partido tenha "coragem de deixar esse governo".