Cooxupé amplia exportações com investimento em logística

Janaína Oliveira - Hoje em Dia
27/04/2013 às 10:36.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:12

Mesmo em um ano de baixa colheita, a Cooxupé, cooperativa mineira de café com sede em Guaxupé, no Sul de Minas, registra aquecimento no volume vendido ao exterior e no mercado interno. Na última terça-feira (23), a cooperativa contabilizou o embarque de 33.945 sacas de café, totalizando 85 containers. O volume é recorde para para um único dia.

Em 2013, até o momento, já foram embarcadas 1.372.481 sacas de café. O volume é consequência de investimentos em uma nova unidade de preparo e armazenagem dos grãos.

Ao custo de R$ 15 milhões, o espaço recém-inaugurado tem capacidade para preparar 14 mil sacas por dia.

“Com as novas instalações e a construção do Complexo do Japy, também em Guaxupé, conseguimos dobrar nossa capacidade”, comemora o presidente da Cooxupé, Carlos Paulino da Costa.

Para alavancar o que chama de logística do café, a cooperativa ainda investiu em maquinário e tecnologia. O processo de granelização, que proporciona diferencial na qualidade do café armazenado e gera aumento na rentabilidade do produtor, também recebeu um montante significativo de recursos. “Essas ações nos deixam preparados para as novas demandas”, avalia.

Exportações

Segundo o presidente da Cooxupé, em função dos baixos preços pagos no Brasil, atualmente está mais vantajoso fazer negócio com outros países.

“O preço pago pela saca, para exportação, está entre R$ 300 e R$ 380, dependendo da qualidade do café. O ideal seria pelo menos R$ 400. Mas está melhor do que os valores praticados aqui”, afirma.

Considerada a maior cooperativa de café do mundo e uma das maiores exportadoras do produto no Brasil, a Cooxupé conta hoje com cerca de 11,6 mil cooperados, 96% deles pequenos produtores. Conforme Paulino da Costa, neste ano, eles deverão entregar cerca de 3,5 milhões de sacas de café, o que corresponde a uma queda de cerca de 15% em comparação com o ano passado (4,1 milhões de sacas).

“Devemos ter uma quebra”, diz Costa. A justificativa é que o café tem como característica a bianualidade. Ou seja, um ano de safra cheia é seguido de outro com baixa colheita.

A Cooxupé também bateu recorde em 2011, exportando o maior volume de café da história brasileira – 2,46 milhões de sacas.

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