Duplicação da Av. D.Pedro I

CPI da Câmara Municipal investiga desapropriação de imóvel que seria da família de Alexandre Kalil

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
23/02/2023 às 17:38.
Atualizado em 23/02/2023 às 17:46
 (Bernardo Dias / CMBH)

(Bernardo Dias / CMBH)

Os vereadores que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do "Abuso de Poder", na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), continuam passando um pente fino na vida do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD). Na reunião realizada nesta quinta-feira (23), os parlamentares tentaram provar um favorecimento de Kalil durante o processo de desapropriação de um imóvel para as obras de duplicação da avenida D.Pedro I, na região da Pampulha.

A desapropriação custou R$ 2 milhões aos cofres da capital e, de acordo com documentos apresentados pela CPI, envolve um terreno que seria de propriedade da família do ex-prefeito. "Temos informação que há cinco cadastros de planta dentro dessa quadra (desapropriada). Quero saber a localização dos cinco lotes, o cartório onde procuro e se tem recibo das desapropriações”, questionou a vereadora Fernanda Altoé (Novo).

Nesta quinta, os vereadores ouviram o depoimento da servidora pública Ana Paula Chaves Lemos, da PBH. Segundo ela, os processos coordenados em sua secretaria não permitem identificar os proprietários de cada área desapropriada. "O quarteirão foi possível (identificar), o lote não", disse a funcionária aos vereadores.

A CPI pretendia ouvir também o engenheiro responsável pelo laudo que isentou a cobrança de IPTU do imóvel que seria da família de Kalil, porém ele não foi encontrado para receber a convocação. Devido a essa ausência, os vereadores decidiram suspender a reunião. "Foi feito todo um estudo da parte sucessória do ex-prefeito. Uma análise de desapropriação com dados desde 1968. Quero saber se todo cidadão também tem essa atenção por parte da Prefeitura”, afirmou a relatora Fernanda Altoé (Novo).

Sem avanços, os vereadores agendaram novos depoimentos para a próxima quinta-feira (2), quando também será ouvido o presidente do Conselho de Ética Pública de Belo Horizonte, Rodolfo de Lima Gropen.

Por meio de sua assessoria, Alexandre Kalil informou que não pretende se pronunciar sobre os trabalhos da CPI do "Abuso de Poder" da CMBH.

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