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Vivendo um processo de esvaziamento, a CPI da Petrobras tenta nesta terça-feira (25), dar uma nova guinada com a acareação entre o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef. Os delatores da Operação Lava Jato já estão nas dependências da Câmara dos Deputados aguardando o início da audiência, prevista para começar depois das 14h.
A expectativa é que os depoimentos não tragam novos detalhes sobre o esquema de corrupção na Petrobras, apenas confrontem versões sobre como cada um atuou. Mas isso só acontecerá se o doleiro decidir falar aos deputados, já que conseguiu nesta segunda-feira, 24, uma liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) que lhe dá o direito de permanecer calado.
Youssef e Costa já foram condenados pela Justiça Federal do Paraná. O ex-diretor da Petrobras cumpre pena domiciliar e é monitorado com uma tornozeleira eletrônica. Já Youssef segue em regime fechado.
Essa é a primeira acareação realizada pela CPI da Petrobras. A primeira tentativa de promover o confronto de versões foi inviabilizada após decisão do STF. O Supremo tinha liberado o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco de participar, em julho, da acareação com o ex-diretor de Serviços Renato Duque e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
Desde então, a comissão focou seus trabalhos em oitivas de testemunhas e investigados acusados pela Operação Lava Jato de envolvimento em crimes de lavagem de dinheiro. Foram ouvidos doleiros, ex-funcionários do Banco do Brasil, representantes do Banco Central e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para explicar como funciona a fiscalização sobre doleiros e corretoras de câmbio.
Com a baixa produtividade e depoimentos pouco relevantes, parlamentares que compunham a CPI migraram para outras comissões, como as recém-criadas CPI do BNDES e dos Fundos de Pensão. As últimas sessões foram marcadas por plenários quase vazios e oitivas rápidas, já que poucos parlamentares se inscreviam para fazer perguntas aos depoentes.
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