Prefeito voltou a reforçar necessidade de agentes em outros pontos da capital
(Valéria Marques/Hoje em Dia)
O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União), voltou a defender a retirada da Guarda Municipal dos centros de saúde da capital. Após o lançamento do programa federal “Gás do Povo”, nesta quinta-feira (4), no Aglomerado da Serra, ele reafirmou que não há problema de segurança nos postos, mas sim “situações estressantes” que não necessitam da atuação dos agentes.
“No posto de saúde não tem assalto, não tem roubo, raramente você vê um caso desse. Qual é o problema no posto de saúde? É o grau de estresse provocado pelas pessoas que não são atendidas. A pessoa chega lá pra poder atender e, às vezes, é maltratada, às vezes não é entendida, principalmente pela pessoa que está trabalhando na porta”, disse.
No fim de agosto, Damião confirmou que os agentes serão removidos dos centros de saúde até o fim deste ano. O prefeito afirmou que precisa da Guarda onde estão os problemas de segurança “de verdade”. Para o chefe do Executivo, uma das alternativas seria a contratação de lideranças comunitárias para atuar junto aos usuários da rede SUS-BH
“A gente não vai melhorar ou piorar a segurança de um posto de saúde com o guarda municipal ali. Eu preciso do guarda onde estão acontecendo problemas de segurança mesmo”, afirma o prefeito.
Antes de Damião confirmar a retirada dos agentes dos postos de saúde até o fim de 2025, médicos da rede SUS-BH ameaçaram entrar em greve na capital por conta da falta de segurança nas unidades.
O presidente do Sinmed-MG, André Cristiano dos Santos, afirmou que não é aceitável que a segurança dos postos seja reduzida apenas a rondas e câmeras.
“O que não podemos aceitar seria a simples retirada da guarda e o retorno apenas com as câmeras de segurança e as rondas, pois desta forma nós não teríamos garantias de segurança para os profissionais de saúde e para a população que frequenta as nossas unidades de saúde”, disse.
Damião participou do lançamento do programa ‘Gás do Povo’, realizado nesta quinta-feira (4), no Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte. O evento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O "Gás do Povo" prevê a distribuição de botijões de gás de 13 kg gratuitos para 15,5 milhões de famílias em todo o Brasil. Em Minas Gerais, a iniciativa deve beneficiar mais de 1,2 milhão de famílias, impactando cerca de 3,6 milhões de pessoas.
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