Debate começa com troca de farpas e Bolsonaro questionando Lula sobre salário mínimo
(Reprodução/TV Globo)
No primeiro bloco do debate da TV Globo, realizado nesta sexta-feira (28) e mediado pelo jornalista William Bonner, o candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) perguntou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre as acusações envolvendo o salário mínimo.
O debate tem quatro blocos livres nos quais os candidatos podem fazer questionamentos diretos um ao outro, e um quinto com considerações finais. É o último debate antes da votação do 2º turno neste domingo (30).
"Nos últimos dias seu partido usou as inserções na TV e rádio para falar que eu não reajustaria o salário mínimo, aposentadorias, décimo terceiro, horas extras e férias. Você confirma isto?", perguntou Bolsonaro.
Antes de responder, Lula agradeceu a Deus, ao povo brasileiro e falou que está no debate representando 10 partidos brasileiros, minorias políticas, como mulheres e negros, e os jovens.
"A verdade é que o salário mínimo hoje é menor do que quando você entrou. Eu aumentei 74% no meu governo. Quero que diga claramente por que, durante quatro anos, você não aumentou o salário mínimo", disse Lula.
Bolsonaro respondeu então que seu governo "concedeu um ajuste igual à inflação, mas a pandemia e a crise mundial dificultaram o cenário".
Lula argumentou que "o povo sabe que o salário não foi reajustado de forma adequado, pois muitos estão desempregados e passando fome. Não houve aumento do salário mínimo, houve apenas reposição inflacionária. Também não houve aumento da merenda escolar".
Em contrapartida, Bolsonaro insistiu que Lula respondesse à pergunta inicial.
O candidato do PT respondeu então que "não tem tempo para ver programa de TV. O povo sabe que você prometeu muita coisa e não cumpriu, como a isenção de imposto de renda. Eu vou isentar o imposto de renda a partir de R$ 5 mil".
Bolsonaro voltou a citar as dificuldades geradas pela pandemia e falou que o seu governo "não deixou de lado os aposentados ou salário mínimo"'. Ele também citou que, em 2020, "foi dado Auxílio Emergencial de R$ 600 para atender aos mais pobres e, se não fosse isso, os pobres passariam fome".
Leia Mais: