A decisão do Brasil de não se candidatar a mais um mandato foi alvo de críticas por parte de ONGs. "O Brasil teria direito a apresentar candidatura agora e optou por não o fazer. Seria bom ver o Brasil cada vez mais ativo na agenda internacional de direitos humanos e a decisão de não ser membro do principal órgão internacional dedicado ao tema vai na contramão disso", declarou Camila Asano, coordenadora de Política Externa da Conectas Direitos Humanos.
A coordenadora executiva do Instituto de Desenvolvimento e Direitos Humanos (IDDH), Fernanda Lapa, também afirmou não ver "sentido" na postura do Itamaraty. "O Brasil é um membro protagonista no Conselho e isso é muito positivo. Contudo, parece que o Estado não quer ficar exposto à pressão de outros Estados e esse não é o papel que as organizações da sociedade civil esperam do Brasil no âmbito internacional, especialmente nesse importante órgão da ONU", disse.
O Itamaraty garante que vai continuar ativo, mesmo fora do Conselho. "Em 2016, mesmo sem mandato no Conselho, o Brasil se manterá ativo no foro por meio de pronunciamentos e manifestações, coordenação e concertação de posições com os países-membros, o apoio e copatrocínio de resoluções, circulação de documentos, promoção de eventos paralelos às sessões do Conselho, entre outras formas", afirmou a chancelaria por meio de nota.
"Com a saída do Brasil do Conselho de Direitos Humanos, a região perde um protagonista de peso", afirmou Iradj Eghrari, diretor da Comunidade Baháí do Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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