Defesa quer vetar envio de computadores de Pizzolado ao Brasil

Graciliano Rocha - Folhapress
11/02/2014 às 14:50.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:57
 (Rodrigo Paiva)

(Rodrigo Paiva)

MODENA (Itália) - O advogado Lorenzo Bergami, que defende Henrique Pizzolato, vai se opor ao envio ao Brasil dos dois computadores e do tablet apreendidos durante a operação que resultou na prisão do ex-diretor do Banco do Brasil.    Segundo a Interpol italiana, dois procuradores da República deverão chegar à Itália nos próximos dias para entregar um pedido oficial para que os equipamentos sejam enviados, lacrados, ao Brasil. "Nós entendemos que os computadores devem continuar sob custódia da Justiça italiana enquanto correr a ação de extradição", disse Bergami à Folha de S.Paulo na tarde desta terça-feira (11).    A solicitação deve ser feita via carta rogatória à Corte de Apelação de Bolonha, instância onde deverá correr a ação para a extradição de Pizzolato. Caberá ao tribunal decidir sobre o pedido para que os equipamentos sejam periciados no Brasil.    Carta rogatória é um instrumento jurídico que permite à autoridade judicial de um país encaminhar uma demanda ao Judiciário de um país estrangeiro. O pedido do envio dos equipamentos independe do desfecho da extradição.    O interesse da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Federal é buscar pistas que ajudem a movimentação de dinheiro e registros de comunicações de Pizzolato na Europa. O advogado de Pizzolato disse que não conhece o conteúdo dos arquivos.    O chefe da Interpol na Itália, Francesco Fallica, disse que a polícia italiana não vai se opor ao envio dos equipamentos ao Brasil porque a varredura dos dados provavelmente majoritariamente em português seria mais simples no Brasil.    Na manhã desta segunda, Andrea Haas visitou o marido na prisão em Modena. Ela passou duas horas no local e saiu sem conceder entrevista.

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