A defesa do senador e ex-líder do governo Delcídio Amaral (PT-MS) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para que o parlamentar vá a São Paulo a partir de amanhã, 26, até o dia 7 de março para realizar consultas e exames médicos. Delcídio foi preso em novembro suspeito de tentar atrapalhar as investigações da Operação "Lava Jato" e solto na última sexta-feira, 19.
Na decisão que revogou a prisão do parlamentar, o ministro Teori Zavascki, do STF, estabeleceu restrições ao petista, como o dever de recolhimento domiciliar no período noturno e a proibição de deixar o País. O ministro deve pedir parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) antes de analisar o pedido feito pelos advogados do petista.
Na terça-feira, 15, Delcídio apresentou à Mesa Diretora do Senado pedido de licença do mandato Senado pelo prazo de 15 dias. O afastamento temporário é uma "licença saúde".
O petista terá de enfrentar uma denúncia oferecida pela PGR ao Supremo pela tentativa de atrapalhar as investigações da "Lava Jato". Ele foi flagrado em conversas gravadas pelo filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró negociando o silêncio do ex-dirigente da estatal em eventual acordo de delação premiada.
Delcídio é alvo ainda de uma representação no Conselho de Ética do Senado por quebra de decoro parlamentar.