O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) resolveu nesta quarta-feira prorrogar por mais 60 dias o período de afastamento do ex-senador Demóstenes Torres do cargo de procurador do Ministério Público de Goiás. Por unanimidade de votos, os conselheiros aprovaram um pedido do corregedor nacional do Ministério Público, Jeferson Coelho, para que fosse dado mais tempo para a análise das suspeitas de envolvimento do procurador com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Com a decisão, Demóstenes Torres não poderá exercer o cargo até meados de março. Afastado do Ministério Público desde outubro, o ex-senador tentou retornar ao posto. Mas na sessão desta quarta-feira os integrantes do CNMP recusaram os recursos do ex-senador.
Antes de assumir uma cadeira no Congresso, Demóstenes Torres exercia o cargo de procurador. Com a cassação do mandato, em julho do ano passado, ele retornou ao Ministério Público. Mas em seguida foi afastado do cargo pela Corregedoria Geral do MP de Goiás, que abriu um processo administrativo disciplinar para apurar se o ex-senador violou deveres funcionais. Se o processo concluir que houve violação, o ex-senador poderá ser punido até com a demissão.
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