Denúncias colocam em xeque futuro de Fernando Pimentel no governo

Hoje em Dia
26/05/2013 às 07:50.
Atualizado em 20/11/2021 às 18:34

A divulgação dos detalhes da denúncia da Procuradoria Geral da República contra o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – e possível coordenador da reeleição de Dilma Rousseff à Presidência –, Fernando Pimentel, carregou o arsenal dos aliados do senador Aécio Neves e da oposição ao governo federal. Tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) um inquérito, sob a relatoria do ministro José Dias Toffoli, de um caso que veio à tona em 2010, conforme publicado pelo Hoje em Dia em 27 de fevereiro daquele ano e em 19 de outubro de 2012.    Pimentel foi acusado de ter se apropriado de bens públicos e superfaturado a compra do sistema de câmeras de sistema de vigilância do Projeto Olho Vivo, instalado nas ruas de BH para saldar dívidas do PT com o publicitário Duda Mendonça, responsável pelas campanhas eleitorais do partido.    De acordo com a edição deste sábado (25) da “Folha de S.Paulo”, o inquérito entregue pela Procuradoria ao Supremo Tribunal Federal (STF) mostra que as investigações contra Pimentel apresentaram “indícios de autoria que permitem com segurança apontar o denunciado como autor dos delitos”.   De acordo com o presidente municipal do PSDB, deputado estadual João Leite, o petista deixou a PBH “tendo muito a explicar”. “Ele foi um péssimo gestor. Infelizmente, na passagem dele ficaram várias coisas a ser esclarecidas”, afirmou.    Na rede social Twitter, o ex-deputado e atual presidente do PTB – partido da base de Dilma, que enfrenta um racha interno –, Roberto Jefferson, comentou que “é mais um constrangimento para a presidente Dilma”. “O ministro nega a acusação, diz que a notícia é requentada e que a assinatura do convênio cumpriu todas as exigências da lei. No ano passado, Pimentel foi acusado de receber dinheiro da Federação das Indústrias de Minas sem a contrapartida em serviço. Caberá ao ministro Tofolli decidir se abre ação penal”, disse.    A origem do dinheiro, segundo denúncia apresentada pela Promotoria de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público de Minas Gerais, seria um contrato com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) para implantação do Programa Olho Vivo. 

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