(PF entrega ao STF relatório parcial sobre menções a ministros por Joesley e Saud)
O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) anunciou nesta quarta-feira (14), que vai apresentar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara um convite para que o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, se explique à Câmara. Se o chefe da PF não comparecer espontaneamente, Molon vai requerer a convocação do superior direto de Segovia, o ministro da Justiça, Torquato Jardim.
Em entrevista à Agência Reuters, Segovia comentou que as investigações não encontraram provas de irregularidades envolvendo o presidente Michel Temer no chamado decreto dos portos. Na entrevista, ele sinaliza que a corporação vai recomendar o arquivamento do inquérito aberto contra o emedebista no Supremo Tribunal Federal (STF).
Molon disse que as declarações de Segovia causaram indignação em todos que querem ver investigados os indícios de crimes supostamente praticados por Temer e quer "que ele se explique ou se retrate dos absurdos que disse".
"Caso o chefe da PF não atenda ao nosso requerimento, nós convocaremos o seu superior hierárquico, o ministro da Justiça, cuja eventual ausência consistirá em crime de responsabilidade. Por tudo isso, sinceramente acredito que o chefe da Polícia Federal preferirá comparecer e tentar desfazer o mal-estar causado por suas declarações", disse o deputado.
Assim como as outras comissões temáticas da Câmara, a CCJ só deve retomar seus trabalhos em março, com a eleição dos presidentes dos colegiados. Caberá ao novo presidente da CCJ pautar o requerimento para votação na comissão.
Leia mais:
Marun diz que Segovia tem 'dever de observar inquéritos de grande repercussão'
Reuters corrige matéria com declaração de Segovia sobre inquérito contra Temer