(Reprodução Redes Sociais)
O deputado federal Alexandre Frota (PROS) denunciou à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o pastor da Igreja da Lagoinha em Belo Horizonte, André Valadão, por divulgar uma decisão judicial falsa. A denúncia se refere ao vídeo divulgado pelo pastor onde ele afirma ter sido intimado pelo TSE a se retratar de diversas fake news sobre o ex-presidente Lula (PT).
Nesta quinta-feira (20), Frota divulgou nas redes sociais o documento encaminhado ao presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, onde pede que André Valadão seja intimado para dar explicação.
“Este fato é punido com pena de 2 a 6 anos por se tratar de uma afirmação falsa. O mesmo afirma que teria sido obrigado a fazer o vídeo por determinação do presidente do TSE, que desmentiu”, diz o deputado.
Entenda o caso
Nessa quarta-feira (19), o pastor André Valadão, apoiador do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), divulgou nas redes sociais um vídeo, aparentemente se retratando de notícias falsas divulgadas por ele sobre o candidato do PT à Presidência, Lula.
“Há uns dias atrás recebi em minha residência uma intimação do TSE, através do senhor Alexandre de Moraes. E venho declarar, a partir dessa intimação, dizendo que Lula não é a favor do aborto. Lula não é favor da descriminalização das drogas. Lula não é a favor de liberar pequenos furtos”, diz Valadão, na primeira parte do vídeo.
Mas fato é que o TSE não enviou intimação para que o pastor se retratasse. Consultando o processo, a reportagem identificou que o ministro Alexandre de Moraes sequer despachou na ação, ou seja, não tomou decisão alguma.
Por meio de nota, o Tribunal Superior Eleitoral afirmou que André Machado Valadão foi intimado, no último dia 6, apenas para tomar conhecimento do processo, movido pela Coligação Brasil da Esperança.
No post do vídeo, internautas apontaram uma tentativa do pastor de se dizer censurado. Isso por causa do tom de voz, a trilha de fundo triste e o pedido do próprio pastor para que o post fosse compartilhado, o que de fato é pouco usual nesse tipo de medida.
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