Corte rejeitou uma ação do extinto PSL para anular parte da decisão do Congresso que votou pelo impeachment em 2016 (Agência Brasil)
Uma aliança entre o PT e o PMDB para as eleições de 2018, como já vem sendo alinhada em alguns Estados, "dificilmente" acontecerá em nível nacional, afirmou a ex-presidente Dilma Rousseff em entrevista à rede alemã Deustche Welle.
Dilma defendeu o "perdão" ao brasileiro que foi às ruas e "bateu panela achando que estava salvando o Brasil, e que depois se deu conta de que não estava". O perdão, entretanto, não se estenderia ao PMDB ou PSDB.
Ainda assim, Dilma ponderou que algumas figuras do PMDB se posicionaram contra o processo de impeachment que levou Michel Temer à Presidência. "Dificilmente nós faremos aliança com o PMDB em nível nacional. Mas você vai falar que não pode fazer aliança com o Requião? Ele combateu o golpe. Você não vai fazer uma aliança com a Kátia Abreu? Ela foi outra que combateu o golpe", declarou Dilma, lembrando que Renan Calheiros também "não trabalhou pelo impeachment".
A história, apontou Dilma, está dando razão a ela, já que um dos principais cabos do impeachment, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, está preso e "vários processos mostram que ele comprou deputados".
O processo de impeachment, ou - como prefere Dilma - golpe, fez o PSDB "sumir", apontou a ex-presidente. "Os conservadores produziram a extrema-direita, o MBL e o Bolsonaro", afirmou Dilma, antes de questionar as alternativas que vêm sendo ventiladas. "O que é novo no Brasil? O gestor incompetente, tipo Trump? O João Dória? Ou será a animação de auditório como política social, que é o Huck?"
Leia mais:
Lula é 'culpado' pela ascensão do PMDB, diz Ciro Gomes
The Economist diz que Bolsonaro é um 'menino travesso', e não um 'messias'
MPF denuncia Mantega e outros 13 na Operação Zelotes