A presença da presidenta Dilma Rousseff na noite desta terça-feira no horário eleitoral gratuito, pedindo voto para o candidato do PSOL à prefeitura de Belém, Edmilson Rodrigues, provocou um frisson no PSDB, cujo candidato é o deputado federal Zenaldo Coutinho, que aparece com uma vantagem de 10 pontos na última pesquisa do Ibope. Para tentar contrabalançar o apoio de Dilma, os tucanos decidiram que o governador Simão Jatene, que apoia Coutinho, apareça mais vezes até o final da campanha, na sexta-feira.
"Eu tenho um grande respeito pela história do Edmilson. Foi um grande prefeito, preocupado com as pessoas, com os mais pobres e com o desenvolvimento de sua cidade e de seu estado. Por isso, com o seu voto, vamos eleger o Edmilson para ser um grande prefeito. E um parceiro do governo federal para fazer Belém avançar", diz Dilma, na mensagem de trinta segundos.
Além da presidente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também está apoiando Edmilson, um ex-petista que governo Belém por duas vezes entre 1997 e 2004 quando ainda pertencia à legenda. O PSOL, hoje, não pertence à base aliada do governo federal e faz oposição ao PT. "Não há aliança, há um apoio do Lula e da Dilma, junto com o PT de Belém, para tirarmos Belém do abandono em que se encontra", justificou o candidato do PSOL.
O PSDB acusou o golpe e reagiu com fúria ao apoio de Dilma e Lula. Segundo Coutinho, o PSOL se aliou aos adversários por "oportunismo", na véspera da eleição. Para o tucano, o adversário agora seria aliado também de "Zé Dirceu, Delúbio e Genoino, e os "corruptos do mensalão condenados por formação de quadrilha" pelo Supremo Tribunal Federal.
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