(Ichiro Guerra/Divulgação)
A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta quinta-feira (23) que nos últimos dias tem visto manifestações espontâneas nas ruas, o que chamou de "uma espécie de virada". A candidata à reeleição pelo PT atribuiu o fato a um aumento de consciência, adesão e convicção que ocorre em períodos eleitorais. "É um movimento mais popular do que partidário."
"Eu vi nos últimos dias, por exemplo, no Recife uma manifestação espontânea, com muitas pessoas. Uma movimentação popular. Tinha mais de 60 mil pessoas", disse a jornalistas em coletiva de imprensa no Rio. A petista afirmou nunca ter visto "nada igual". "Eu acredito que está havendo uma espécie de virada, há uma virada visível nas ruas. Vi isso também em Duque de Caxias (RJ), no Tuca, em São Paulo, e em vários outros lugares."
Com problemas para falar e às vésperas do último debate, a presidente afirmou que ainda não tinha notícias sobre as últimas pesquisas eleitorais e que fez tratamento para a voz na tarde de hoje. "Não li nada, eu estava fazendo um tratamento para a voz, não tive conhecimento." A candidata disse ainda que o resultado "só estará consolidado quando fechar a urna e começar a apuração".
A respeito de conflitos entre militantes do PT e do PSDB em São Paulo, fez um apelo para que não ocorram. "Você tem confrontos, conflitos, mas eles têm que ser de ideias. Ninguém pode sair do campo das ideias e ir para o campo da realidade física. Acho que é importante que haja debate, que às vezes seja mais quente, desde que fique no campo das ideias, isso é democracia".
Para a petista, é normal que ocorra debate mais claro em determinados momentos. "Agora, conflitos físicos eu acho que temos que repudiar, temos que alertar que não podem ocorrer." Perguntada se o clima tenso dos últimos dias teria incentivado esse tipo de movimento, afirmou que fica mais quente no final das eleições. "Acho que não podemos chegar agora e criar também um fantasma disso tudo. Não há esse clima no Brasil. Em manifestações, não vi atitude de agressão, mas sim de festa."
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