Indiciado pelo Ministério Público Federal por ter beneficiado a empresa Tecondi, reconhecendo a ela o direito de explorar um terminal de contêineres no Porto de Santos, o diretor-presidente da Agência de Transportes Aquaviários (Antaq), Tiago Pereira Lima, pediu demissão nesta sexta-feira (7). Lima, na verdade, apenas se antecipou à demissão que seria iminente pelo Planalto, após seu indiciamento e notícias de que novas denúncias seriam publicadas na imprensa, no final de semana, contra ele.
Tiago Pereira Lima encaminhou sua carta ao Planalto pedindo seu afastamento, mas ela foi direcionada para a Secretaria dos Portos. É que, com a publicação, nesta sexta-feira, da regulamentação do setor portuário, a Antaq passa a ser vinculada diretamente ao ministro Leônidas Cristino que acolheu imediatamente o pedido de demissão de Tiago.
O ex-diretor da Antaq é ligado a Paulo Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), acusado pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, de ser o chefe da quadrilha de fraudava pareceres em órgãos públicos. No caso de Tiago, ele trabalhou para que a empresa Tecondi tivesse reconhecido o direito de explorar um terminal de contêineres, numa área de 170 mil metros quadrados no Porto de Santos. A próxima edição do Diário Oficial da União publicará seu afastamento.
O Palácio do Planalto esperava receber ainda nesta sexta-feira o pedido de demissão de Rubens Vieira, irmão de Paulo Vieira, que era diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Paulo Vieira pediu exoneração quinta-feira e o Planalto estava aguardando que seu irmão, Rubens, seguisse seus passos ainda nesta sexta-feira.
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