O empresário João Doria, pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, minimizou a questão do uso de cavaletes e boca de urna por sua campanha no primeiro turno de prévias do PSDB na Capital, neste domingo. Doria argumentou que o uso dos cavaletes foi autorizado pelo partido, mas não soube responder se o uso infringiu a Lei Cidade Limpa, que regula propaganda nas ruas de São Paulo.
"Mais grave que os cavaletes é a agressão. Agrediram cinco pessoas no Tatuapé, esse 'Geleia'. Todas as informações que temos é que ele é ligado ao (Ricardo) Tripoli", afirmou em relação ao deputado que é seu adversário nas eleições prévias. Geleia seria o apelido de um dos militantes envolvidos na confusão.
No diretório do Tatuapé, na zona leste, houve pancadaria e uma urna foi quebrada. A polícia militar foi acionada.
"Ouvimos que teve até gente armada", reclamou Doria. A informação do uso de armas, contudo, não foi confirmada.
Doria disse que não pretende impugnar a eleição por votos que possa ter perdido por causa do episódio no Tatuapé. Ele tampouco disse que o caso afeta seu empenho na eleição. "É claro que não é bom, mas foi um caso pontual. As eleições, nos demais pontos de votação, foram tranquilas."
Doria disse que o uso de propaganda pelos candidatos no dia das prévias foi autorizado pelo PSDB e pelos demais pré-candidatos. Andrea Matarazzo e o ex-governador Alberto Goldman, contudo, acusaram Doria de desrespeitar a Lei Cidade Limpa.
Contatada, a Prefeitura de São Paulo não informou até o fechamento dessa reportagem se os candidatos tucanos tinham autorização para usar cavaletes em vias públicas.
"Quem está perdendo sempre reclama de tudo, é normal em uma campanha. Até do sorriso de um candidato reclamam", rebateu Doria.
O empresário disse ser, "acima de tudo", militante do PSDB e que pode apoiar outro candidato se sair derrotado nas prévias. Doria também disse não ser contrário à composição de uma chapa puro sangue com um dos adversários. "Pode ser, eu não tenho nenhuma contrariedade."
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