(Fabio Rodrigues Pozzebom)
O pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, justificou neste sábado a aliança de seu partido com o PSDB em São Paulo e com o PT no Rio. "Não temos partidos fortes o suficiente para termos candidatos competitivos em todo o Brasil", afirmou Campos na noite de na sexta-feira em Caruaru, no agreste pernambucano.
O PSB defende a quebra da polarização entre PT e PSDB na esfera nacional, mas o ex-governador de Pernambuco deu aval para a legenda fechar alianças com tucanos em São Paulo e petistas no Rio, respectivamente o primeiro e o terceiro maiores colégios eleitorais do País. Em São Paulo, o PSB indicou o vice na chapa da reeleição do tucano Geraldo Alckmin; no Rio, a chapa que tem o senador Lindbergh Farias (PT) na disputa ao governo contará com o deputado federal Romário (PSB) como candidato ao Senado.
Campos concedeu entrevista na noite de anteontem ao participar de festa junina promovida pelo governador João Lyra Neto (PSB), na Fazenda Macambira, a 130 quilômetros do Recife. "Não queremos ser donos da verdade, para quem só presta quem é filiado ao nosso partido", disse Campos. "Uma coisa é campanha nacional, outra é campanha estadual."
O apoio do PSB a Alckmin incomodou a pré-candidata a vice-presidente em sua chapa, Marina Silva. A ex-ministra reafirmou anteontem que, ao se filiar ao partido de Campos, deixou acertado que, nos Estados em que não houvesse consenso entre PSB e Rede - movimento do qual é líder -, seu grupo estaria livre para seguir caminho independente. Já a aliança com o PT no Rio foi chamada pelo deputado federal Alfredo Sirkis, que é do PSB, mas integra o movimento ligado a Marina, de "suruba".
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