Depois de ter seu nome defendido pelo governador cearense Cid Gomes (PSB), seu colega de partido, para compor a chapa majoritária de uma eventual candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), desconversou.
"Não podemos, de maneira nenhuma, encurtar o mandato da presidente Dilma, antecipando o debate eleitoral, esse é um debate que interessa à oposição, não a nós, que integramos o governo", afirmou. "Não estamos conversando organicamente sobre 2014, até porque nenhuma decisão que a gente tomasse hoje teria mais chance de acertar mais do que errar. As circunstâncias são muito importantes em um processo político como este. Nas eleições municipais, muita coisa que foi escrita dois anos antes não teve nenhum valor."
Campos participou, nesta sexta-feira, da 16ª Reunião do Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), realizada em um hotel da orla de Salvador, que teve como tema a seca na região. Apesar de não estar na pauta do encontro, a discussão sobre a nova metodologia para a partilha dos royalties do petróleo, aprovada pelo Congresso e enviada para a sanção de Dilma, também fez parte das conversas.
Para o governador pernambucano, a votação do projeto foi "precipitada". "Queríamos construir um entendimento, mas não foi o que aconteceu, e os governadores do Rio e do Espírito Santo anunciaram que vão à Justiça, que é o que não desejávamos que acontecesse", disse. "Esta é uma hora de expectativa, sobre o que vai vir da decisão da presidente Dilma."
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