(Elza Fiuza)
Embora o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e o ex-presidente Lula tenham trocado “farpas” públicas, o socialista já confidenciou a correligionários que só vai lançar sua candidatura à Presidência da República caso seja “um pedido” do ex-presidente.
Na última sexta-feira (1º), Lula mandou um recado ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Ele destacou que uma provável candidatura do socialista colocaria em risco a aliança entre os dois partidos. Eduardo Campos não deixou sem resposta e afirmou que o petista erra ao antecipar a campanha eleitoral.
O debate pela imprensa seria apenas para manter o nome do pernambucano em destaque. “O Eduardo não desfaz esses boatos e diz logo que vai apoiar a Dilma pois, querendo ou não, a discussão mantém seu nome em evidência”, diz um socialista mineiro ligado à cúpula nacional. “A tendência no partido, no momento, é a de apoiar a Dilma”, completa o socialista.
A ideia da candidatura própria só será levada adiante, se o ex-presidente Lula entender que a entrada de Campos na disputa presidencial possa tirar votos das candidaturas do senador Aécio Neves (PSDB) e de Marina Silva.
No caso do tucano, a candidatura está encaminhada; já a ex-senadora depende de recolher assinaturas para viabilizar a fundação do novo partido, o Rede Sustentabilidade.
Parte da legenda defende o lançamento da candidatura de Campos desde já e até propõe que os ministérios que o partido possuem sejam devolvidos para a presidente. Atualmente, o partido ocupa a Integração Nacional, com Fernando Bezerra, e a Secretaria Especial de Portos, com José Leônidas Cristino.
O mesmo correligionário diz que há no momento uma disputa interna no partido entre aqueles que querem romper com o PT e ficar livres para lançar a candidatura própria e até mesmo apoiar o senador Aécio Neves em sua candidatura. Enquanto existe outra ala que prefere manter a aliança com o governo federal. “Por isso, os boatos de que haveria intervenção em Minas. O diretório mineiro é ‘dilmista’”, diz.