Os 139 mil eleitores de Criciúma voltam às urnas neste domingo (3) para escolher o prefeito da cidade. A eleição, que ocorre quatro meses depois da primeira tentativa de eleger o chefe do Executivo local, não conseguiu despertar o interesse do eleitorado. De acordo com pesquisa do Instituto Mapa, 37% dos criciumenses se dizem interessados ou muito interessados na eleição suplementar. Para o estatístico Eduardo Inácio, é difícil entrar no clima da campanha eleitoral novamente. “É chato ter que ir votar no domingo, é fora de época, mas temos que votar porque o prefeito vai nos representar”, diz Inácio. A funcionária pública Fernanda Miranda percebe uma falta de interesse dos candidatos e dos eleitores. “O pessoal não está envolvido e as campanhas estão fracas”. Para o assistente administrativo Vitor Alves, “a campanha foi corrida demais, os candidatos não tiveram um tempo ideal para mostrar as propostas ao povo, os eleitores estão desligados, nem parece período de eleição”. O período de preparação do pleito foi apertado também para os funcionários do Cartório Eleitoral de Criciúma. Eles estão de plantão todos os fins de semana, desde janeiro, para conseguir arrumar tudo a tempo. “Foram menos de três meses para organizar o registro dos candidatos e a propaganda eleitoral, é um prazo muito curto, mas deu para fazer tudo”, informa José Reus, chefe do Cartório Eleitoral. A Justiça convocou nova eleição em Criciúma porque o Tribunal Superior Eleitoral cassou a candidatura de Clésio Salvaro, que estava concorrendo à reeleição. Ele obteve mais de 76% dos votos no primeiro turno, mas não pode assumir porque foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Salvaro foi condenado por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2008.