Em votação única, Câmara convoca ministros e presidente da Petrobras para falar sobre denúncias

Ricardo Della Coletta e Eduardo Bresciani
12/03/2014 às 14:42.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:35
 (Antonio Cruz / Arquivo Agência Brasil)

(Antonio Cruz / Arquivo Agência Brasil)

Numa única tacada, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara aprovou nesta quarta-feira (12) a convocação de três ministros de Estado da presidente Dilma Rousseff, dando continuidade à retaliação do chamado "blocão" ao Palácio do Planalto.

O colegiado convocou os ministros do Trabalho, Manoel Dias (PDT), da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e o ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage. Poucos antes, a mesma comissão já havia aprovado um requerimento para convocar o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP), para explicar problemas com emendas parlamentares, e apoiou ainda convites para que o ministro da Saúde, Arthur Chioro, e a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster.

Numa tensa sessão, com diversos bate-bocas, deputados do PT e aliados fiéis ao governo acusaram o presidente do colegiado, João Arruda (PMDB-PR), de adotar manobras regimentais e de direcionar as votações de acordo com as vontades do líder peemedebista e pivô da crise com o Planalto, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Parece que o deputado Eduardo Cunha está conduzindo a sessão", provocou o petista Edson Santos (RJ). "Esta casa não pode ser contaminada por projetos pessoais", acrescentou o líder do PP, Eduardo da Fonte (PE), que tentou sem sucesso evitar a convocação de Aguinaldo Ribeiro, indicado por seu partido. O líder do PMDB se defendeu das acusações e disse que Arruda agiu no cumprimento do regimento da Câmara.

Pelo último requerimento, aprovado nesta manhã, os ministros Manoel Dias, Gilberto Carvalho e Jorge Hage deverão falar sobre "denúncias de irregularidades de ONGs". Carvalho, chefe da Secretaria-Geral da Presidência, também deverá ser questionado por deputados sobre o patrocínio da Petrobras, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Caixa Econômica Federal a um evento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), numa marcha que terminou em confronto com a Polícia Militar do Distrito Federal. O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo.
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