Escolha do presidente coloca em risco voto aberto na Câmara

Humberto Santos - Do Hoje em Dia
24/11/2012 às 12:16.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:34
 (Carlos Rhienck/Arquivo)

(Carlos Rhienck/Arquivo)

Uma manobra em curso nos corredores da Câmara de Belo Horizonte busca apoio para o retorno do voto secreto. A votação sigilosa seria para a escolha da Mesa Diretora da Casa. A estratégia tem o objetivo de garantir a reeleição do atual presidente, Léo Burguês (PSDB). Com a imagem desgastada por causa da insistência em votar projetos polêmicos, como o reajuste dos próprios salários, Burguês articula a votação secreta como forma de obter o apoio dos colegas. Desse modo, ele teria mais facilidade para ser reeleito sem que a população soubesse quem votou para ele permanecer.   Para convencê-los a votar em sua candidatura, o tucano promete cargos na Câmara e na administração.    Outro argumento utilizado por Burguês para convencer os colegas é dizer que Belo Horizonte é a única capital que a escolha da Mesa Diretora é por voto aberto.   Apoio   O tucano conta com o apoio do ex-vereador e deputado federal Luís Tibé (PTdoB) na tentativa de convencer os colegas. Tibé assegurou o apoio dos vereadores de seu partido e tenta seduzir outros.   No cálculo dos dois, estão os quatro parlamentares do PTdoB, os dois do PSL e outros dois “dissidentes” do PT que poderiam apoiar a proposta.    Tibé teria até ligado para o vereador eleito Wellington Magalhães (PTN), a fim de convencer seu grupo de parlamentares dentro da casa a aderir ao voto secreto para a Mesa Diretora.   Em dúvida, Magalhães entrou em contato com Burguês, que teria dito que só falta alguém para apresentar o projeto de lei.   Não reeleito   O grupo, em troca de cargos na administração da cidade, tenta convencer algum parlamentar que não foi reeleito para apresentar a proposta. O deputado federal Luís Tibé diz “desconhecer essa articulação”. Magalhães confirma que ligou para Burguês, mas para saber a opinião do presidente sobre o assunto. “Mas não apoio essa proposta. Sou contra o voto secreto”, disse. Léo Burguês negou o movimento. “Mentira de quem falou isso. Sou totalmente contra voto secreto”.    Leia na edição digital do Hoje em Dia sobre o esclarecimento sobre gastos da campanha que vereadores deverão prestar

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