Ex-dirigentes do Banco Rural dizem que não houve quadrilha no mensalão

André Richter - Agência Brasil
20/02/2014 às 16:43.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:10

A defesa do ex-dirigente do Banco Rural José Roberto Salgado pediu nesta quinta-feira (20) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a absolvição dele do crime de formação de quadrilha. Segundo a advogada Mayra Salomi, o Ministério Público “fez uma confusão” ao qualificar as condutas praticadas por Salgado. A defesa de Kátia Rabelo, outra ex-dirigente do banco, também negou a autoria do crime.   A defesa de Salgado alega que não ficou demonstrado a conexão estável dos acusados, fato de caracteriza atuação de membros de uma quadrilha. A advogada reconheceu que Salgado conhecia o publicitário Marcos Valério, considerado operador financeiro do esquema. Mas afirmou que os encontros com ele eram somente para cobrar dívidas do Banco Rural.  “Salgado não conhecia quase nenhum dos membros da quadrilha. Não conhecia Dirceu, Genoino e Delúbio. Como seria possível uma quadrilha de pessoas que mal se conhecem?”, disse.   Salgado está preso e cumpre pena inicial de 14 anos e oito meses de prisão em regime fechado. A condenação foi definida no julgamento principal, em 2012, da Ação Penal 470, o processo do mensalão.   A defesa de Kátia Rabelo também negou que ela tenha feito parte de uma quadrilha.  Ela cumpre pena inicial de 14 anos e cinco meses, em regime fechado.   A sessão no STF foi interrompida para intervalo e será retomada com a acusação, que será feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.  

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