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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta quarta-feira (19), em São Paulo, com os dirigentes das cinco principais centrais sindicais do País no momento em que as pesquisas revelam queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff e o governo federal trava batalhas de articulação política com seus aliados.
Durante quase duas horas, Lula ouviu e anotou comentários dos sindicalistas sobre a conjuntura política e econômica do País e, sobretudo, reclamações contra a presidente. Os líderes das centrais disseram que o governo não lhes dá a atenção devida. "O tema central foi a falta de interlocução com esse governo", disse Valdir Vicente, diretor da Força Sindical.
A ideia do encontro com as centrais havia sido aventada por Lula e o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, há cerca de um mês. Mas o convite aos dirigentes sindicais só foi disparado na sexta-feira (14), num momento de visíveis dificuldades para o governo e o PT, sinalizadas não só pela queda da aprovação do governo da presidente como pelas manifestações que tomaram as ruas em diferentes cidades do País.
O encontro ocorreu na sede do Instituto Lula. Ao final, por sugestão do ex-presidente, ficou acertado que outros encontros serão realizados nos próximos meses. Lula, que veio do meio sindical e era elogiado em seu governo pela facilidade que demonstrava para ouvir e consultar sindicalistas, sugeriu que eles ocorram a cada dois meses.
Ao falar sobre os problemas enfrentados pela presidente Dilma na área econômica, que estariam associados à queda da aprovação de seu governo, o ex-presidente observou que o Brasil está enfrentando reflexos de uma crise econômica internacional.
Também destacou que, apesar dos problemas, a taxa de desemprego continua baixa, na comparação com outros países. Citou que na Europa a taxa bate em 20%, e no Brasil é de 5%.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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