(Carlos Rhienck)
Uma semana depois de eleger 117 prefeitos em Minas e ir para o segundo turno em duas cidades estratégicas – Uberaba e Juiz de Fora–, o PMDB deu nessa segunda-feira (15) o primeiro passo em busca do governo estadual em 2014.
O senador Clésio Andrade (PMDB) foi lançado como o pré-candidato da legenda. Na ocasião, a Executiva estadual declarou abertas as negociações em torno de uma aliança, na qual a atual vaga do PMDB no Senado entra como moeda de troca.
“Clésio é nossa maior liderança e queremos sua candidatura ao governo de Minas”, declarou o presidente do PMDB mineiro, deputado federal Antônio Andrade.
Cadeira no Senado
“Entendemos que precisamos fazer uma composição, por isso o PMDB abre mão da vice-governadoria e da vaga no Senado. Quanto às alianças, tudo vai depender do projeto do partido”, disse, após reunião com a Executiva estadual.
Andrade não descartou dialogar com outras legendas, incluindo o PSDB, mas garante que na conjuntura atual o partido está mais próximo do PT.
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), foi lançado como pré-candidato a vice da presidente Dilma Rousseff (PT), mantendo a aliança atual.
Porém, repetir a dobradinha nacional em Minas pode ser mais complicado, uma vez que o PT estuda lançar o ministro Fernando Pimentel (PT) para o cargo e o PMDB anunciou que “não aceita ficar mais a reboque” do partido aliado.
Eleição interna
Para conseguir levar o projeto de governo à frente, Andrade confirmou que vai oferecer as vagas abertas na Executiva estadual a outra ala da legenda, ligada ao ex-governador Newton Cardoso. O objetivo é o de evitar o confronto de chapas na convenção estadual agendada para novembro.
Além disso, caso vença o pleito, Andrade garante que vai intervir nos diretórios que não lançaram candidatos nessas eleições.
Belo Horizonte
Durante a reunião, membros da Executiva acusaram o PT de não cumprir com o acordo feito durante a formação da aliança em torno do ex-ministro Patrus Ananias (PT) para a prefeitura da capital. A legenda não teria repassado aos candidatos à Câmara o volume financeiro acordado. “Fomos quase obrigados a fazer aliança. Lamentamos o PT não ter cumprido o acordo”, disse Andrade aos correligionários.
Leia a entrevista completa com Clésio Andrade na Edição Digital.