O presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão, divulgou na tarde desta terça-feira um vídeo em seu blog pessoal dizendo estar "indignado" com a fixação das penas dos petistas José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino no caso do mensalão. Para ele, o Supremo Tribunal Federal (STF) foi "injusto" com seus correligionários. "Recebi com muita tristeza, mas também com extrema indignação a decisão injusta do STF, que condenou a penas elevadíssimas, fora de parâmetro, os companheiros José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino", afirmou Falcão, ressaltando a possibilidade de recorrer a "foros internacionais" ao final da fase dos agravos e recursos.
"Nossos companheiros vão exercer todos os recursos possíveis. Tenho informações de que passada a fase dos agravos e dos recursos possíveis, ainda há a possibilidade, disse o jurista (espanhol) Baltasar Garzón, de recorrer a foros internacionais", argumentou o presidente.
O ex-ministro José Dirceu teve sua pena fixada nesta segunda-feira (12) em dez anos e dez meses de cadeia por corrupção ativa e formação de quadrilha no caso do mensalão. José Genoino, que era presidente do PT à época do mensalão, pegou seis anos e 11 meses. Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, foi condenado a oito anos e 11 meses. Eles também foram condenados a pagar multas.
Falcão afirmou que o julgamento teve "viés político" e foi influenciado pelos "grandes meios de comunicação". "Foi um julgamento com viés político e com pressão muito forte dos grandes meios de comunicação, e mudando totalmente parâmetros consagrados da jurisprudência do Direito Brasileiro", afirmou. Ele nega ainda que o partido tenha comprado votos no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O Partido dos Trabalhadores continua afirmando que não houve compra de votos, que nenhum dos companheiros enriqueceu pessoalmente, que não foram utilizados recursos públicos", comentou.
Ao final do vídeo de 1 minuto e 46 segundos, Falcão expressou sua "solidariedade" aos três condenados. "Quero aqui novamente expressar minha solidariedade aos companheiros injustamente condenados".
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